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Eliminação precoce, sim. Inesperada? Não sei...

Escrevo há pouco mais de 24 horas da derrota para a Bélgica. É uma sensação estranha ver o Brasil fora da Copa. Embora seja a quarta copa seguida que a seleção fica ausente da final, passa longe da cabeça da gente, do torcedor, de se acostumar com a situação. Compreensível.

Já li, vi e escutei muita coisa. Na derrota, geralmente se ouve chavões como “falta de raça”, “técnico mexeu mal”, “como é que consegue perder para um time que nem campeão é”, “Neymar pipocou’, etc.

Aquela propaganda do torcedor urso cai como uma luva nessas horas. Mas, quem sou eu, né?! A voz do povo é a voz de Deus. Mais uma frase feita para a conta.

Vamos ao jogo propriamente dito. Coincidência, antes de começar o Mundial, fiz uma simulação num papel de rascunho em que o Brasil cairia nas quartas de final. Acertei mais ou menos. O time de Tite perderia para a Inglaterra, nas minhas previsões a lá Natálio Abrão. Pelo menos foi para uma seleção que esteve no grupo inglês na primeira fase.

E, escrevi por aqui que a derrota para Hazard, De Bruyne e companhia não seria surpresa. Foi um bom jogo. Melhor para os europeus. Dentro de campo, o técnico Martinez levou a melhor na montagem do time. Deu mais liberdade para De Bruyne, que fez a sua melhor partida na Copa. O que foi decisivo.

Assim como o gol contra de Fernandinho. Infelicidade, sim. Mas, também, erro de posicionamento. Que teria de ser combinado nos treinos. Casemiro fez falta. O volante do Real Madrid certamente faria alguma no jogador belga a fim de parar a jogada e talvez evitar o segundo gol. Entre o 1 a 0 e o 2 a 0 foram 18 minutos. Fala sério, você pensou que novo 7 a 1 viria. Não veio.

Mesmo com Fagner, Marcelo, Fernandinho, Paulinho, Willian, Coutinho e Jesus em jornada discreta, o Brasil teve chances de pelo menos empatar. Principalmente no segundo tempo quando Douglas Costa e Renato Augusto entraram e deram novo ânimo. E, se eles estivessem desde o começo do confronto? Seria diferente? Mas, o “e se” não joga. Outro ensinamento chavão clássico nos esportes.

Neymar tentou. Até lembrou um pouco o Messi. O atacante parece ficar incomodado, se sentir impotente em ver que não consegue mudar o panorama. Daí, pede bola e vai para cima. Como futebol é coletivo (o que nesta quartas de final não funcionou), às vezes a individualidade é insuficiente para resolver situação.

Do lado belga, De Bruyne, Hazard comandaram com êxito a equipe. E, mérito também para o goleiro Courtois, que segurou a onda brasileira. Ajudado também pela falta de pontaria do ataque do time de Tite.

E, é isso. Parabéns aos vitoriosos. Aos derrotados, que tirem lições para Copa 2022. Dava para ir mais longe. Porém, se pensar que há dois anos a chance do Brasil nem ir para a Rússia era grande, e que voltaram a respeitar a equipe, dentro de campo (fora a CBF segue desprestigiada por conta de Marin, Nero e companhia), o saldo é positivo.

Tite tem crédito. Mas, cobranças e questionamentos têm de haver. Ninguém cresce só a base de elogios.

Abraço

Ah, as notas

Alisson – Não teve culpa nos gols. Mas não quer dizer muita coisa. Nota 5

Fagner – Manteve a sua média. Neste jogo, faltou um Daniel Alves, Danilo... Nota 5

Thiago Silva – Fez a sua parte. Nota 6

Miranda – Até que foi bem no duelo com o Lukaku. Nota 6

Marcelo – Não brilhou. Pareceu sem ritmo de jogo. Nota 5

Fernandinho – Fez o gol contra, falhou na marcação. Casemiro fez falta. Nota 4

Paulinho - Manteve a sua média. Na Copa. Poderia ter saído antes. Nota 5

Philippe Coutinho – Assim como nas oitavas, ficou aquém do que jogou na 1ª fase. Nota 5

Willian – Apagado. Foi presa fácil da defesa belga. Nota 5

Neymar – Procurou o jogo, deu passes para gol. Fez o que pode. Nota 7

Gabriel Jesus – Termina como incógnita da Copa. Culpa do Tite ou má fase técnica? Nota 4

Douglas Costa – Entrou no segundo tempo e melhorou o jogo. Pena ter sido preterido entre os titulares. Nota 7

Firmino – Entrou no segundo tempo. Ajudou pouco. Nota 5

Renato Augusto – Fez o gol e quase faz mais um. Outro que merecia jogar mais. Nota 7

Tite – Perdeu no duelo tático. Insistiu demais com suas peças de confiança. Nota 5

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