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Precisamos falar de Série D. Precisamos?!

São 68 times em 17 grupos com quatro equipes cada. Passam para a fase dos matas-matas os 17 primeiros e os 15 melhores segundo lugares, para chegar aos 32, daí cair para as oitavas de final, quartas, semi e final. Regulamento pitoresco? Pois, é. Este é o Campeonato Brasileiro da Série D. O que temos no futebol sul-mato-grossense para o resto do ano.

Sei, é difícil valorizar o torneio da Quarta Divisão do Nacional. Até porque, se alguém realmente se gabar de que seu time joga a Série D... soa como forçar a barra total. Mesmo, sem querer.

Portanto, já disse algum filósofo contemporâneo: “Para chegar na Série A, tem de passar pela Série D, Série C, e Série B”. Ou seja, o sonho de todo jogador, técnico, cartola e, principalmente, torcedor, é que seu clube ligue no modo Chapecoense e suba rápido até o Olimpo chamado Primeira Divisão. Está bem, vamos por partes.

Corumbaense e Novoperário disputam a Série D pela primeira vez. E, o discurso deles não pode deixar de ser o, “vamos fazer o máximo para subir de divisão”. Mas, na real, de 1 a 100, a chance seria de quanto?

O bom do Brasileiro mais raiz do futebol tupiniquim é que dificilmente um time conhece a fundo o outro. Então, o fator surpresa é bem mais alto do que a popularidade de qualquer presidente... de clube.

Por exemplo, em Campo Grande, alguém saberia dizer dois nomes do elenco do Novo, que estreia domingo (22) no Morenão, diante da Aparecidense-GO? Sem grana, a direção alugou a vaga para o Nacional-SP. Nem entro no mérito se isso é legal ou se o certo seria jogar com o pessoal que atuou no Sul-Mato-Grossense.

Já fui mais purista. Hoje, não. O clube tem conta para pagar, a Série D geralmente é deficitária, o time não tem torcida, sei lá. Cada um com seus motivos. Cobrem o dirigente. Eu me abstenho.

“Ah, mas o Corumbaense não fez isso. Vai de Mutuca, contratou o técnico Robert, trouxe uns caras que jogaram aqui ano passado, etc”. Planejamento? Guardou mais dinheiro? A prefeitura ajuda muito? Andorinha faz verão? Sei lá.

Na boa, é complicado comparar os clubes. O fato do time de Corumbá trazer o técnico da equipe de Campo Grande em uma competição que os dois estão na disputa já diz muito da situação de ambos.

E, se o Novo for longe no torneio? Como dizer que alugar o nome foi 100% furada? Já pensou se belisca uma oitavas ou quartas de final. Acho que valeria a pena ir ao Morenão dar um alô. Vai que chega a uma semifinal. Aí, é Mato Grosso do Sul na Série C 2019.

O mesmo vale para o Corumbaense, que estreia em Iporá-GO, com o time da casa, no sábado (21). O estádio Arthur Marinho seria palco de mais uma façanha pantaneira. E, apagaria a frustração de ver o título sul-mato-grossense deste ano nas mãos do Operário.

Sonhar é bom. Eu ainda estou acordado. Cá com meus botões, creio que, na Série D, se um dos dois for mais longe do que o Comercial, que ano passado conseguiu passar da fase de grupos, e chegar às oitavas me dou por satisfeito. Um degrau por vez.

Porém, boa sorte. Vai que...né?!

Abraço


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