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“interinos que vão ficando”, cômoda opção no Brasileirão

  • Luciano Kishô Shakihama
  • 1 de jun. de 2018
  • 2 min de leitura

Sabe quando em uma empresa, o gerente sai ou é dispensado? Daí, a diretoria põe o empregado de confiança, ou nem tanto, para “ir tocando” até achar alguém que eles considerem melhor? Então, após oito rodadas, o Brasileirão tem alguns clubes que resolveram adotar esta prática. De gosto duvidoso.

Veja o caso do Flamengo. Após a saída de Carpegiani, a vaga de técnico do time de maior torcida do Brasil caiu no colo de Maurício Barbieri. O paulistano de 36 anos segue na condição de interino. Aqui em casa, eu chamo ele carinhosamente de estagiário. Sinceramente, não o conhecia, e tem menos idade que muito jogador da Série A.

O Rubro-Negro é líder e, o funcionário do clube, que veio junto com o técnico anterior, nem vê sinal de fumaça de que será efetivado como treinador. Na boa, é muito cômodo para o clube. E, mesmo que Barbieri desconverse, a situação é no mínimo, desconfortável para ele,

Você acha que se o time estivesse na parte de baixo da tabela, ou eliminado na Libertadores, Barbieri ainda estaria no banco de reservas flamenguista? Vale lembrar que antes Renato Gaúcho foi procurado e disse não ao cargo.

Mais ou menos está ou esteve no mesmo barco, Thiago Larghi, do Atlético Mineiro. Que chegou a Belo Horizonte junto com Oswaldo de Oliveira, em setembro, como analista de desempenho. Aos 37, teve de assumir de maneira provisória depois da saída do treinador em fevereiro. Foram necessários uns 50 dias para a diretoria finalmente dar o seu “voto de confiança” e deixar o garoto em paz, no comando do Galo.

Muitos falam que os clubes apostam em novos nomes não porque acreditam em um sopro de renovação. E, sim, por falta de opção. Os bons, argumentam especialistas, estão empregados.

E, nesta filosofia mais de torcedor do que embasada em algo mais racional, os técnicos sub-40 preenchem as funções. Vai ver é aquela fase de testes antes de ser aprovado na empresa.

Em 2017, Fábio Carille, aos 44, no Corinthians, deve ter motivado a cartolagem a ir por este caminho. Este ano, Osmar Loss, 42, tenta ratificar o sucesso do método “vai ficando, ficando, e ficou”.

Nada contra a nova geração. Não me levem a mal. Chato é essa moda de alguns patrões. “Põe fulano, se perder e ou a torcida pegar no pé, a gente manda embora e diz que o cara era interino, mesmo. Ou, não era a nossa primeira opção”.

Para mim, isso que este tipo de chefe faz, tem outro nome...

Abraço

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