MS está fora do Circuito Open de vôlei de praia
Campo Grande está fora do calendário do Open de Vôlei de Praia 2018/2019, principal circuito do país na modalidade. Após dois anos seguidos na temporada nacional, com as competições realizadas no Parque das Nações Indígenas, Mato Grosso do Sul perdeu a vaga para Tocantins. No mês de setembro, Palmas receberá uma das etapas.
A notícia foi confirmada pelo presidente da Federação de Vôlei de Mato Grosso do Sul (FVMS), José Eduardo da Mota “Madrugada”. Presente na cerimônia do Bolsa Atleta e Técnico MS, na tarde de quarta-feira (25), na capital sul-mato-grossense, o dirigente explicou o motivo do Estado ficar de fora do próximo Circuito Open.
“Agora, a confederação pede aos estados que estão reivindicando o Open, uma ajuda maior. Em virtude das despesas serem muito altas”, falou Madrugada, ao Só Por Esportes. A parte financeira aumentou devido à redução do apoio do Banco do Brasil, principal patrocinador da Confederação.
O dirigente acrescenta que o governo de Mato Grosso do Sul ofereceu ajudar nas despesas com ambulância, segurança, e pessoal para a limpeza do local. “Mas, infelizmente, isso não foi suficiente para conseguir trazer a etapa do Open”, afirmou o presidente da FVMS. “Por exemplo, o Tocantins deu tudo isso que nós oferecemos, mais a hospedagem aos atletas (da fase principal)”, alega. Cita também o Espírito Santo que adotou o mesmo procedimento e acertou a ida de uma etapa para Vitória.
Em 2017, a arena montada no Parque das Nações Indígenas recebeu média de 3 mil pessoas durante a etapa do Circuito Brasileiro. A capacidade de público na quadra central era de 900 pessoas. “Teve gente que ficou de fora”, falou Madrugada, ao argumentar que não foi por falta de público que a Cidade Morena perdeu a disputa de ser uma das sedes para a temporada 2018/2019.
O Open começa em Palmas, no mês de setembro. Depois passa por Vila Velha (ES), em outubro. As demais etapas não estão publicadas no site da CBV.
Resta agora, tentar trazer de volta o Open para a temporada 2019/2020. Porém, afirma que terá de esperar as eleições, e saber quem vai assumir o governo. “Para que a gente possa encaminhar um novo documento para a CBV, e com isso, de repente, conseguir trazer uma etapa Open para o nosso estado”, completou.
O custo da realização de uma etapa Open é de pelo menos 1 milhão de reais. “Só para a premiação são R$ 400 mil”, argumenta Madrugada. Os demais gastos, além dos já citados, incluem estrutura física, administrativa, arbitragem, e alimentação.
Ainda assim, a concorrência é grande. São 36 municípios que pedem para sediar uma das sete etapas, informa Madrugada. A possibilidade de fazer a CBV mudar de ideia e Campo Grande voltar ao calendário inexiste. “Quando você (a Confederação) divulga as sedes, os atletas compram as passagens com antecedência”.