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Camila Gebara critica mudanças nas regras e vê judô ‘muito bagunçado’

  • Luciano Kishô Shakihama
  • 9 de nov. de 2017
  • 3 min de leitura

Camila em ação no Grand Prix de Zagreb  - Mayorova Marina/IJF

Uma das líderes do ranking nacional do judô na categoria pesado (+78kg), Camila Gebara Yamakawa deixou claro a sua contrariedade quanto às mudanças na regra da arbitragem a partir de 2018. Resumidamente, dois wazari valerão um ippon, e o Golden Score será por pontuação técnica (mais sobre no link da CBJ – clique aqui ).

Ao Só Por Esportes, de Dourados – a 230 km de Campo Grande – onde mora e treina, a judoca da Academia Sakurá falou sobre as mudanças aprovadas pela Federação Internacional de Judô (IJF), e publicadas no sábado (4).

“Acho que o judô em si, o judô mundial tá muito bagunçado. Mas, fazer o quê, né?! A gente dança conforme a música”, declarou a atleta, que se prepara para o Campeonato Brasileiro Sênior, no fim de semana, em Lauro de Freitas, região metropolitana de Salvador.

O SPE perguntou sobre as alterações nas regras. E o que espera do Brasileiro, última competição que distribui pontos no Ranking Nacional Sênior.

Leia o que a principal judoca, hoje dos tatames sul-mato-grossenses, e que fez parte da seleção brasileira principal deste ano.

Só Por Esportes – Como você encara as mudanças? Afeta ou ajuda de alguma forma no estilo das brasileiras?

Em sua academia, já se treina com base nas mudanças?

Camila Gebara Yamakawa - Eu fiquei sabendo, não tem nenhuma semana. E, para mim, acho que atrapalha muito, muito. Pro meu judô, isto vai prejudicar porque eu sou um judô que é muito por shidô. Eu tenho que tocar muito volume de luta, mas, eu não consigo acabar jogando. Ás vezes dá um wazari, mas a maioria das lutas eu ganho por shidô. Então, para mim, não vai ser muito boa essa mudança...E, na academia, todos estão cientes, acho que daqui a alguns dias já vamos começar a treinar com novas regras.

SPE - Claramente, a mudança não foi bem vista por você, né?!

Camila - Eu, literalmente, não gostei dessa regra. Eu acho que está tendo muita mudança de regra, nem os atletas sabem quais regras valem. Os árbitros, meu Deus, não sabem o que estão arbitrando. Cada um arbitra de um jeito. Acho que o judô em si, o judô mundial tá muito bagunçado. Mas, fazer o quê, né?! A gente dança conforme a música.

Foto - Arquivo pessoal

SPE – Sobre o Brasileiro Sênior, quando você viaja? Vai mais alguém de MS com você?

Você é a segunda do ranking nacional, é isso? Qual é a expectativa para o Brasileiro, fim de temporada ‘pesa’, você chega 100% inteira à competição ou um pouco terá de ir na ‘raça’ mesmo?

Camila - Até onde eu sabia, estava empatado. Eu e a Beatriz (Souza, do Pinheiros-SP), em primeiro lugar. Eu não vi o ranking nos últimos dias (Realmente, estão empatadas com 195 pontos).

(Para o Brasileiro Sênior) Nosso Estado está indo completo, com todos os pesos. Eu acho que ninguém chega 100% no fim do ano. Mas, graças a Deus não estou com nenhuma lesão grave. Raça sempre tem que ter nas lutas, e eu tô indo para poder ganhar

Brasileiro reunirá medalhistas olímpicos e promessas

Sarah Menezes está confirmada para o Brasileiro Sênior -  CBJ/Divulgação

De acordo com a CBJ, o Campeonato Sênior ganhou mais relevância no processo de formação da seleção brasileira. As disputas acontecerão nos dias 11 e 12, no Centro Pan-Americano de Judô, em Lauro de Freitas (BA).

Medalhistas olímpicos como Sarah Menezes, Ketleyn Quadros e Leandro Guilheiro estão entre os inscritos, assim como jovens promissores como Lincoln Neves, bronze no Mundial Júnior 2015, e Beatriz Souza (adversária em potencial de Camila Gebara Yamakawa), bronze no Mundial Júnior 2017. Todos em busca de uma vaga na seleção principal de 2018.

Isso porque o Brasileiro Sênior é a última competição que distribui pontos no Ranking Nacional Sênior. O campeão levará 180 pontos e, o atleta que fechar a temporada como número um do Brasil, já estará garantido na seleção principal para representar o país internacionalmente no ano que vem.

Além disso, os judocas que ficarem em 2º, 3º, 4º, 5º, 6º, 7º, 8º e 9º lugar no ranking nacional se classificarão para a Seletiva Olímpica Tóquio 2020 - Etapa II, que definirá o restante das vagas para a seleção.

Reprodução da matéria é permitida, e o crédito, obrigatório


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