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Em casa, ao Só Por Esportes, atual campeão fala à vontade

Em meio a um calor de 36 graus, na tarde desta sexta-feira (15), Saymon se sente em casa ao lado da arena e das quadras montadas no Parque das Nações Indígenas em Campo Grande. Ou pelo menos tenta se sentir á vontade. Ao lado dos conhecidos, em uma providencial sombra, tereré na mão, o principal nome de Mato Grosso do Sul no vôleo de praia masculino bateu um papo meio por acaso com o Só Por Esportes.

Dentro de quadra, ao lado do paraibano Álvaro Filho, o campo-grandense que completou 24 anos no último sábado (9), já cumprira a missão do primeiro dia de disputas. Ganhou de Ricardo-BRA/Priddy-EUA por 2 sets a 1 (17/21, 21/19, e 15/13), e depois de Jô (PB)/Léo Vieira(DF), por 2 a 0 (21/16, e 21/16). Amanhã (16), Saymon busca seguir vivo para chegar até a final de domingo (17).

Saymon, ao lado da arena montada para a etapa Open de vôlei de praia - Fernanda Prado Santana/SPE

O mais prata da casa dos filhos da terra, já que Talita, Victória deixaram o estado natal ainda em começo de carreira e Benjamin fez parte da carreira em Dourados, Saymon chegou na quarta-feira (13), e, diferente da maioria dos atletas que vieram ao Open, não retorna domingo à dura rotina de treinos fora de Mato Grosso do Sul. “Vou ficar até quarta-feira que vem. Ficar na cidade, curtindo a minha família, minha terrinha”, disse o jogador de 2,02 metros.

Perguntamos se sua dupla chega 100% para Campo Grande. “A gente chegou da última etapa do Mundial há umas semanas atrás. Treinamos muito para essa competição, para voltar com um bom nível e fazer muito bonito aqui no Estado”, diz Saymon.

“Tentar buscar um novo pódio aqui. Fomos buscar a prata no ano passado. Agora, vamos buscar o ouro, se Deus quiser”, completa. A etapa 2016 de Campo Grande, no mês de agosto, foi a estreia da dupla Saymon e Álvaro e só foi batida na final diante de Ricardo, que perdeu para eles nesta sexta, e André, atual parceiro de Evandro, que também ganhou as duas partidas do dia.

Atuais campeões do Circuito Brasileiro, Saymon e Álvaro são top-7 no ranking mundial e terceiro entre os brasileiros. Atrás, dos líderes Evandro e André, e Alisson e Bruno Schimdt, sexto.

Para esta temporada, a forma de disputa das etapas tiveram alterações. O que não preocupa Saymon. “Este novo sistema, nunca joguei...Amanhã (sábado) deve ser mais dois ou três jogos, não estou muito por dentro não (risos). Deveria estar, mas não estou não (mais risos).”

Debaixo de sol de 36 graus, torcida busca um lugar à sombra - Luciano Kishô Shakihama/SPE

Sobre a expectativa da presença da torcida no Parque das Nações para ver a elite do vôlei de praia brasileiro, Saymon cita um detalhe que teve na estrutura montada em 2016 que faz falta nesta edição. "Faltou (as arquibancadas) destas quadras estarem cobertas para as torcidas. É insuportável para a galera que está aqui. Ou mesmo a galera que convive aqui. Ficar num sol de 40 graus, uma umidade de 10 por cento. Não tem como ficar sentado ali numa arquibancada dessa, faltou cobrirem como cobriram no ano passado. Isso pode afetar muito a (presença da) torcida aqui em MS. Mas, mesmo assim, a galera que gosta muito de vôlei vem no final da tarde pega umas brechinhas de sombra e fica assistindo”

Neste clima, perguntamos se prefere jogar de manhã, horário da final masculina, ou de noite, período previsto para a decisão feminina. Daí, a conversa sai da torcida, da arquibancada e vai para dentro da quadra de areia. “Eu prefiro no domingo cedo, que vai estar um sol para cada um e, quem treinou, treinou e quem não treinou, se derreta”, brinca.

Em meio ao ar seco, mas calmo, Tóquio 2020 não pode faltar. “Estou vendo você bem tranquilão, e para Tóquio, você está pensando ou tá meio de boa ainda?”, foi a pergunta, meio de lado.

“Como posso dizer... a gente começou um novo ciclo agora, de 2017-2018, então estamos aí com novos planejamentos, novas temporadas, brasileiros, Circuito Mundial, acho que Tóquio mesmo vai cair a ficha em 2019. Hora que começa mesmo a corrida para as Olimpíadas, a gente tem que estar 70 mil por cento ligado”, observa.

Sobre a situação do vôlei de praia no Estado, Saymon admite que eventos como o Brasileiro são caros e dependem do patrocínio e organização do Banco do Brasil. Porém, considera que em Mato Grosso do Sul há um número bom de torneios. “Não só o Estadual, mas também está tendo o torneio do Miguel (Circuito Pantanal MS), no Belmar (Fidalgo, praça esportiva em Campo Grande). Tem de ser um pouco mais divulgado, o Estado deveria valorizar um pouco mais esse incentivo que o Miguel está fazendo para não acabar com o vôlei em MS. Falta um pouco mais disso aí”, argumentou o atleta, com a experiência adquirida dentro e fora do país.

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