Brasileiro de taekwondo é ‘logo ali’ e por MS ninguém vai. Saiba o motivo
- Luciano Kishô Shakihama
- 7 de jun. de 2018
- 3 min de leitura
A partir de sexta-feira (8), Cuiabá espera receber até mil atletas para três dias de disputas pelo Campeonato Brasileiro de Menores de taekwondo. E, nenhum poderá representar a federação do Estado vizinho, Mato Grosso do Sul.
A confirmação de que os sul-mato-grossenses estão fora das competições que envolvem as categorias Infantil, Cadete, Juvenil, e Sub-21, no ginásio Aecim Tocantins, foi dada por Fábio Costa. Ele atua como interventor da Federação de Taekwondo de Mato Grosso do Sul (FTKDMS), desde 2017, por conta de denúncia no Ministério Público de desvio de verba que vinha ocorrendo na federação.
Ao Só Por Esportes, nesta quinta (7), Fábio explicou que o motivo da ausência da delegação local no Brasileiro do fim de semana é devido a outro processo judicial, no mês de março, fruto da insatisfação de um associado.
Assim, de acordo com o interventor, foi definido que, “qualquer ação seria suspensa e tem de aguardar decisão do juiz da causa para poder atuar”. Ou seja, caso o Estado enviasse atleta ao campeonato, diz Fábio, “estaríamos desacatando ordem judicial”.
Confira a entrevista com Fábio Costa
Só Por Esportes - Qual exatamente o motivo da suspensão?
Fábio Costa - Íamos realizar uma assembleia, um associado que não estava de acordo com o que vínhamos fazendo entrou com mandado de segurança tentando anular a assembleia. A juíza, na época, estava como substituta e não lembro agora os termos, mas eles assim... não acataram o mandado porque não cabia a este tipo de situação. Mas, mesmo assim, por cautela, a juíza suspendeu as ações e só poderíamos continuar após a decisão do juiz da causa. E até hoje, não saiu a decisão. Estamos aguardando a decisão, (o caso) já vem desde o início de março e ainda não foi definido nada. Então, não podemos nem fazer inscrição de atletas porque ninguém pode ficar à frente da federação neste momento. Ou seja, sou um interventor mas não posso atuar agora por conta dessa juíza de cautela.
SPE - Se tivesse condições de participar em MT, quantos atletas poderiam competir em Cuiabá?
FC - Não tem como precisar, pois por conta disso também (da suspensão) não fizemos uma seletiva para participar desse evento porque não podíamos fazer. Os associados estão aguardando para podermos ter direito à seletiva. Nós íamos realizar um campeonato estadual no mês de abril e não pudemos. Isso definiria a quantidade de atletas que iriam participar.
SPE - Tem um prazo de quando a federação pode voltar a participar de eventos da CBTKD? Tem um jeito de reverter a situação?
FC - Vai depender da decisão do juiz. Enquanto não houver, não tem como atuar. Então, a gente está aguardando. Se ele decidir isso hoje, a partir de hoje a gente já pode atuar.
SPE - Há outros estados com o mesmo problema?
FC - Não, é uma situação de Mato Grosso do Sul. Eu entrei como interventor no ano de 2017 por conta de denúncia no Ministério Público de desvio de verba que vinha ocorrendo na federação. E, daí eu entrei para organizar a “casa” e finalizaríamos no início de 2018. Mas, acabou não acontecendo por conta do que ocorreu.
SPE - Tem como medir o quanto isso prejudica o esporte aqui em MS?
FC - Prejudica muito. Por exemplo, só esse campeonato brasileiro que nós não estamos indo disputar ele já daria condições para os medalhistas de pleitear a Bolsa Nacional. Só nisso, já acho muito ruim, não sei se vai ter outro evento que vai dar estas condições.
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