Triathlon inicia corrida pelas vagas rumo a Tóquio 2020
- 13 de mai. de 2018
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A corrida dos triatletas para estarem nos Jogos Olímpicos de Tóquio2020 começou oficialmente na sexta-feira (11). O ranking olímpico, organizado pela ITU (International Triathlon Union), estará aberto até o dia 11 de maio de 2020 e classificará 110 atletas (55 masculinos e 55 femininos) para a disputa de 3 eventos: individual masculino, individual feminino e team relay.
Neste período de 24 meses, os atletas poderão utilizar seus 12 melhores resultados para pleitear uma vaga. Cada País poderá classificar no máximo 1 ou 2 atletas de cada gênero para a disputa, sendo que apenas 3 a 5 países vão conseguir classificar 3 atletas masculinos e/ou femininos. A distribuição das vagas por nação será de acordo com a posição dos atletas no ranking olímpico.
O critério mínimo de elegibilidade para qualquer uma das vagas é a posição 140 do ranking de qualificação olímpica individual, sendo que, para uma nação conquistar uma vaga, espera-se que tenha ao menos um atleta aproximadamente entre os 60 primeiros do ranking olímpico.
No Brasil, de acordo com a Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri), a classificação direta, caso o Brasil consiga uma vaga, será possível nas seguintes situações:
1. Ser Top 5 no evento teste a se realizar no percurso dos Jogos Olímpicos em 2019;
2. Ser Top 5 no WTS Grand Final de 2019;
3. Ser Top 3 em qualquer evento WTS compreendido nos dois períodos de qualificação olímpica;
4. Medalha de Ouro nos Jogos Panamericanos de 2019, desde que seja o melhor atleta brasileiro classificado no Ranking Olímpico no seu encerramento;
Além disso, o atleta também deverá estar classificado até a 30ª posição no Ranking Olímpico no seu encerramento para poder usufruir da vaga direta. A segunda e a eventual terceira vaga serão preenchidas pelos atletas com as melhores posições no Ranking Olímpico no seu encerramento, desde que estejam até a 30ª posição.
"As exigências são rígidas, mas nossa prioridade é que os atletas estejam em condições de competir e representar o Brasil em seu mais alto nível. Fazemos votos de que o maior número possível de atletas se classifiquem e vamos trabalhar duro para proporcionar as melhores condições possíveis de qualificação e de preparação", afirma Sergio Santos, diretor técnico da CBTri e treinador da equipe na Rio2016.
O regulamento completo com os critérios de seleção está disponível em: www.cbtri.org.br. A primeira oportunidade de pontuar dos brasileiros será no próximo dia 10, na etapa de Huatulco (MEX) da Copa do Mundo de Triathlon.

Brasileiros na disputa
Entre os mais experientes estão Danilo Pimentel, reserva na Rio2016, que treina nos Estados Unidos com o grupo de alto rendimento da ITU (Origin Performance) para garantir sua primeira Olimpíada.
Outra favorita à vaga é Bia Neres, que engravidou na reta final da classificação para a Rio2016 e ficou fora da disputa por vaga. Mas voltou à ativa e subiu no pódios dos principais eventos do calendário nacional desde 2017. Luísa Baptista também espera chegar no auge de sua forma física em Tóquio.
"Pretendo buscar um resultado constante durante todo o ciclo olímpico, evoluindo principalmente na natação e ciclismo. Acredito que a conquista da vaga olímpica seja plausível pelos resultados do último ano e existe a inclusão do mixed team relay nos Jogos, o que vai tornar a disputa muito mais interessante. Planejamos o calendário com algumas provas chaves em que vamos buscar o melhor resultado possível. Neste ano temos a Copa do Mundo de Huatulco no ínício de junho e logo depois o Panamericano em Brasília", conta Luísa.
Atletas da nova geração também estão entre os cotados às vagas. Entre eles, Manoel Messias, oriundo de um projeto social do Ceará, atual campeão pan-americano e campeão mundial Junior em 2015. Também natural de Fortaleza, Vittória Lopes, 22 anos, parece ter herdado o talento da mãe (Hedla Lopes) concluinte de mais de 10 Ironmans, e em 2017 foi escolhida a melhor atleta da modalidade pelo COB, e faturou o Prêmio Brasil Olímpico.
Quem também corre por fora são Diogo Sclebin - que tenta sua terceira Olimpíada, Kauê Willy, Anton Ruanova - naturalizado brasileiro de origem espanhola -, e Matheus Diniz. (Da CBTri)
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