‘Achava difícil ser chamado’, confessa Ismaily
Último jogador a se apresentar para a seleção brasileira na Rússia, o lateral esquerdo falou um pouco sobre como receberam a notícia, ele e a cidade onde morou boa parte e começou a jogar bola ainda de forma amadora: Ivinhema, 288 km ao sul de Campo Grande.
Em entrevista à CBF, no começo desta quarta-feira (21), o sul-mato-grossense fala um pouco também de sua carreira e acredita que será “muito bacana” estar na seleção.
Ismaily confirma que deixou o Brasil aos 19 anos. E, hoje, com 28, diz que melhorou muito na parte defensiva. “Sou um jogador que gosta de sempre estar atacando”. O amistoso com a Rússia será sexta-feira (23), às 13h (de Brasília), e com a Alemanha será na terça (27), às 15h45.
Segundo o site da Confederação, era pouco mais de 1h desta quarta-feira (21) quando o lateral-esquerdo Ismaily chegou ao Radisson Hotel, em Moscou, local da concentração do Brasil.
Foram 12 horas entre receber a notícia da convocação e chegar à capital russa. Jogador do Shaktar Donetsk, da Ucrânia, ele fez rápida escala em Minsk, na Bielorrússia, e seguiu para o país vizinho.
O Só Por Esportes compilou as falas do jogador, que vestirá a camisa número 6 da seleção para os amistosos, à CBF TV. Confira
“Eu estava treinando e recebi essa notícia maravilhosa. Infelizmente foi pela lesão de um companheiro (Alex Sandro), mas estou muito feliz de receber essa oportunidade. Poder estar aqui na seleção é o sonho de qualquer jogador, então estou muito feliz com isso.”
“Sou de uma cidade muito pequena (Ivinhema conta com 39 mil habitantes de acordo com estatística do IBGE de 2013), no Mato Grosso do Sul. Então, quando alguma coisa acontece sempre chegam muitas mensagens para mim.”
“Fiquei sabendo sim, da entrevista do Tite, e fiquei feliz só pelo reconhecimento. Mas, achava difícil ser chamado devido à grande concorrência, grandes laterais, e com essa notícia da convocação foi um momento único para mim. Então, estou muito feliz por isso.”
“Saí muito cedo do Brasil, com 19 anos. Tive uma experiência em Portugal, depois já vim pro Shakhtar... sou um jogador que gosta de sempre estar atacando, gosto de apoiar o ataque, melhorei muito aqui na Europa o sistema, a parte defensiva, mas (sou) é um jogador com características ofensivas que gosta de estar sempre apoiando o ataque.”
“(Para adaptação na seleção) Tem a ajuda do Taison do Fred, do Fernandinho (do Manchester City e que esteve no Shakhtar), Douglas Costa (hoje na Juventus-ITA), vai ser mais fácil ser recebido por esse pessoal. Tem o Alisson também, que teve um duelo com ele agora (nas oitavas de final da Liga dos Campeões diante da Roma)... vai ser legal, vai ser muito bacana, esse encontro com eles. Espero que dê tudo certo“.