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Scheidt descarta 6º ciclo olímpico sem perder a(s) classe(s)

  • 17 de out. de 2017
  • 3 min de leitura

Dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, Robert Scheidt, 44 anos, reuniu a imprensa para anunciar oficialmente o fim de sua participação em Jogos Olímpicos. No encontro da manhã desta terça-feira (17), no Yacht Club Santo Amaro, em São Paulo, o iatista explicou as razões para não seguir com o ciclo até Tóquio 2020 na classe 49er, mas deixou claro que não se trata do encerramento de sua carreira como atleta.

“Aposentadoria é uma palavra muito forte. Não me vejo de pijamas, sentado no sofá e assistindo TV. Meu instinto competitivo ainda é muito forte e o esporte está no meu sangue. Seguirei velejando em diferentes classes”, explicou o atleta.

Robert Scheidt em entrevista coletiva nesta terça - Divulgação

“Sempre recebi convites para competições de vela oceânica e sempre disse não, em função dos projetos olímpicos. Agora poderei dizer sim. Temos grandes eventos, como a Volvo Ocean Race e a America’s Cup, entre outros, e, quem sabe, não surge uma oportunidade. Está se fechando uma porta, mas tenho certeza que muitas outras se abrirão”, comentou o bicampeão olímpico, que não vai esquecer as raízes. “Continuarei nas classes Star, agora mais intensamente em 2018, e Laser, pois preciso da adrenalina do iatismo”, revela. O próximo desafio será justamente na Star Sailors League (SSL), em Nassau, no mês de dezembro, ao lado Henry Boenning, o Maguila.

“Certamente terei saudades. A coisa mais linda que existe é defender seu país, ainda mais nos Jogos Olímpicos. Sei que vou sentir falta de acordar todo dia com aquele objetivo de ganhar uma medalha, pois a Olimpíada é como uma montanha que você escala um pouco a cada dia, até chegar ao topo. Mas seguirei no esporte, tive uma carreira a qual fiz sempre o máximo que podia e não me arrependo de nada. Foram seis olimpíadas, cinco medalhas e muito orgulho por ter defendido o Brasil”.

“Não é fácil começar do zero, aos 43 anos, em uma categoria (49er) que exige muito do físico. Sofri com algumas leões nessa temporada e o período de recuperação não é mais o mesmo. Eu precisaria de muito mais tempo de treino para chegar competitivo em 2020 e, nessa altura da vida, não quero abrir mão da família. Tenho dois filhos pequenos, minhas maiores medalhas, e estar com eles e com minha mulher é muito importante”, esclareceu o iatista, sobre sobre Erik, de oito anos, e Lukas, de quatro, fruto do casamento com a lituana e também velejadora Gintare.

Scheidt em ação no mês passado pela 49er - Facebookl/Reprodução

“A vela olímpica pode ser um esporte individual ou em duplas, mas ninguém se faz sozinho. Agradeço demais a todo apoio que recebi ao longos desses anos, especialmente dos meus pais, toda a minha família, esposa, amigos, treinadores, colegas, enfim, todo mundo que, de um jeito ou de outro, fez parte dessa história”.

Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004)e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2106, terminou na quarta colocação.

Ídolo cogita ajudar na formação de novos iatistas

“Pretendo iniciar clínicas a partir do próximo ano para passar um pouco da minha experiência e conhecimento para a garotada. Apresentei essa ideia para o Banco do Brasil, meu patrocinador, e ela foi muito bem recebida”, revelou o maior medalhista olímpico do país.

“Já atuei como conselheiros de jovens atletas de alto rendimento e foi muito bacana. Tratamos de pressão e como encarar grandes competições e o retorno que recebi foi altamente positivo”, completa. (da assessoria)


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