Thais Fidelis fica entre as 4 melhores do mundo, mas esperava ir melhor
Coube a garota de 16 anos recolocar o Brasil na final no solo da ginástica em um Campeonato Mundial feminino desde Daiane dos Santos, há nove anos. Em sua primeira decisão deste porte, Thais Fidelis dos Santos provou que tem talento para evoluir neste ciclo olímpico ao ficar entre as quatros melhores.
A medalha de bronze não veio por pouco e faria com que o país saísse do Canadá com pelo menos um pódio.
Com 13.666 pontos de sua apresentação neste domingo (8), em Montreal, Thais ficou atrás apenas da britânica Claudia Fragapane (13,933), da estadunidense Jade Carey (14,200), e da campeã, a japonesa Mai Murakami (14,233).
“É trabalhar, levantar a cabeça e ir para a próxima. Fiquei um pouco triste, mas é muito treino para ficar aqui (em quarto)... Estava bastante feliz sim, mas esperava ir melhor”, disse a ginasta ao SporTV, depois do resultado das sete finalistas. A italiana Vanessa Ferrari lesionou o pé e não completou a sua exibição.
Medalhista olímpico fica em sétimo nas argolas
No sábado (7), a principal esperança de medalha não se concretizou. Arthur Zanetti representou o Brasil na decisão das argolas e ficou na sétima colocação. Com 14,900 o dono de um ouro e uma prata olímpica não subiu ao pódio.
"Foi uma evolução bem grande pelo fato de ter conseguido fazer a minha rotina completa. Eu achei que teria que diminuir minha série, tirar um décimo, mas acabamos vendo que eu estava bem para fazer tudo. Os outros ginastas estavam melhor preparados. Eu não estou 100%. Fiz minha prova e fiz o meu máximo. É isso que importa", disse o campeão, que este ano passou por cirurgia no ombro esquerdo após os Jogos Olímpicos do Rio, segundo a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG).
A medalha de ouro ficou com o grego Eleftherios Petrounias, que somou 15,433. A medalha de prata foi para o russo Denis Abliazin, com 15,333, e o bronze com o chinês Yang Liu, com 15,266.
O técnico de Zanetti e coordenador de ginástica artística da CBG, Marcos Goto, disse que o primeiro objetivo foi cumprido, que era alcançar o maior número de finais possíveis. Além de Zanetti nas argolas, o Brasil contou também com Caio Souza na decisão do individual geral masculino, e Thaís Fidelis no individual geral feminino, terminou em 24º, e no solo.