Com Federer e Djoko, Nadal afirma fazer parte de ‘geração especial’
- Luciano Kishô Shakihama
- 12 de set. de 2017
- 3 min de leitura
“É verdade que tenho 31 anos, não tenho 25 anos, mas ainda tenho paixão e amor pelo jogo. Eu ainda quero competir e ainda sinto os nervos toda vez que eu vou para a quadra. Até que as coisas continuem acontecendo, estarei aqui”. Rafael Nadal deixou claro que pretende brigar por muitos títulos pela frente.
Na entrevista dada logo depois de conquistar o US Open pela terceira vez – havia ganhado em 2010 e 2013 - o espanhol de 31 anos falou sobre a volta por cima depois de dois anos sem títulos de Grand Slams, período em que lutou para recuperar-se de lesões e até tecnicamente. E, teve de responder às seguidas perguntas sobre a rivalidade com Roger Federer. Ao elogiar o adversário, e citar Novak Djokovic, dá a sua opinião sobre o que torna esta geração tão especial.
Nadal afirmou que a temporada 2017 é especial na sua carreira. “Dois anos sem ganhar Slams, alguns anos com problemas. 2016, 2014 foram anos em que tive lesões sérias no meio da temporada. De modo que é impossível recuperar no mesmo ano. E 2015 não foi (ruim) por ferimentos físicos. Foi uma lesão mental”, disse o espanhol, aos sorrisos, em entrevista publicada no site oficial da competição.
“Eu tenho uma ótima equipe e uma ótima família que me apoia e acredita em mim, e isso é uma grande ajuda. Sem eles, é claro que não é impossível, mas quase”, acrescenta o atleta de 1,85m.

A insistência das perguntas em tratar da sua rivalidade com Federer não tirou Nadal do sério.
“É claro que tem sido importante para o nosso esporte, na minha opinião. Isso envolveu muitas pessoas, diferentes estilos, personagens diferentes, e jogamos para as coisas mais importantes por tanto tempo. Acho que essa foi a grande promoção para o nosso esporte. De forma positiva, penso, porque nosso relacionamento sempre foi muito respeitoso e amigável”, explicou o número 1 do mundo.
“Então, sim, é ótimo. Sinto-me feliz em fazer parte desta rivalidade, mas, ao mesmo tempo, joguei ainda mais partidas de confrontos importantes com Novak do que com Roger”, completa.
Federer com 19 títulos de Grand Slams, Nadal com 16 e Djoko com 12. Nos Estados Unidos, Nadal foi questionado sobre a época de Pete Sampras, que se aposentou em 2003 com 14.
“Você pode falar um pouco sobre o que torna essa geração tão especial? Quais são as qualidades, especialmente com vocês três?”, foi a pergunta.

E o “Miura” respondeu que, “acho que nós tivemos o espírito de melhoria o tempo todo, a paixão pelo que estamos fazendo, e nós fomos trabalhadores dedicados em termos gerais, porque não estávamos brincando com as coisas acima”, falou o tenista.
“É difícil encontrar alguns jogadores na mesma geração que conseguem todas as coisas que conseguimos. Sim, estamos em uma era que não é bom dizer, porque eu faço parte disso, mas estamos numa época em que alguns jogadores fazem coisas incríveis neste esporte, não?”
“Sim, é ótimo e, ao mesmo tempo, foi um momento difícil para ganhar muitos títulos, mas de alguma forma, devemos estar muito felizes, não? Por nós três, ainda ganhamos muitas coisas, e provavelmente até Roger e eu ou Novak ainda mais do que nunca sonhamos. Nós nos sentimos muito felizes com todas as coisas que nos aconteceram, e provavelmente todos, nos sentimos sortudos de alguma forma”.
Confira a lista também de mais alguns vencedores do Aberto dos EUA 2017. Confira

Simples feminina: Sloane Stephens (EUA)
Duplas masculinas: Jean-Julien Rojer (NED) e Horia Tecau (ROM)
Duplas femininas: Chan Yung-Jan (CHN) e Martina Hingis (SUI)
Duplas mistas: Martina Hingis (SUI) e Jamie Murray (GBR)
Simples de cadeira de rodas para homens: Stephane Houdet (FRA)
Simples de cadeira de rodas para mulheres: Yui Kamiji (JPN)
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