Técnicos no Brasil e o risco de sempre: virar um Zé Rueda qualquer
- Luciano Kishô Shakihama
- 14 de ago. de 2017
- 2 min de leitura

O “Zé Rueda” chegou ao Flamengo. Nada contra o técnico colombiano. Aliás, espero que ele tenha sorte e competência para durar no clube. Normalmente, em clube grande do Brasil, se perde três vezes seguidas o técnico já era.
Se ele tiver uma certa estabilidade, coisa que o Zé Ricardo jamais teve, a direção tem de deixar ele pelo menos avaliar o elenco para...2018. Sério.
Este ano vai ser aos trancos e barrancos. Sim, o Rubro-Negro ainda tem Copa do Brasil, e Sul-Americana. Hoje, não é visto como favoritaço a nenhum deles. Mesmo com um elenco considerado dos melhores do Brasil. Pelo menos do meio para frente. Pode ganhar os troféus, claro. Só que longe de pensar que o Rueda conseguirá implantar algo 100% dele no elenco. O sucesso, bem como o fracasso, não pode cegar os que mandam nos times.
Mas, se for para fazer algo diferente, tem de deixar os técnicos trabalharem. O Reinaldo Rueda não montou do dia para a noite aquele time que ganhou a Libertadores com um belo estilo de jogo. Foi pelo menos dois anos. Eu sei, no Brasil esta “colher de chá” é impensável. Então, que deixem pelo menos seis meses o RR trabalhar.
No mesmo caso está Cuca.

O cara ganhou o Nacional ano passado e a eliminação da Libertadores, em que ele pegou o barco à beira do naufrágio, já faz ele balançar no cargo. Dizem que é problema das novas gerações, mas a impaciência com jogador e técnico é uma coisa que ás vezes é chato do torcedor brasileiro. Desde sempre, parece.
Ou, seja sincero, no começo do ano o Fábio Carille era visto como...não, nem o corintiano queria vê-lo. Agora...
Mesmo caso o do Jair Ventura, no Botafogo. Que completou um ano á frente do Alvinegro, clube hoje que certamente é o do torcedor mais orgulhoso do futebol nacional. E, desculpe aí os demais, o melhor treinador do Brasil hoje.
Pensando bem, ano após ano, um dos calcanhares de Aquiles do nosso futebol está longe de ser somene o técnico. Pode ser questão técnica.
Abraço
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