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Medalhões mantém distância de assunto inflamável

  • Luciano Kishô Shakihama
  • 29 de mai. de 2018
  • 2 min de leitura

Foto - Tomaz Silva/Ag. Brasil

É difícil pensar ou falar de outra coisa por muito tempo até esbarrar no protesto/paralisação/greve ou como você queira chamar “dos caminhoneiros”. Muita gente a marcar posição a favor, contra, ou apoia ou discorda sem saber exatamente o quê.

A lamentar, para variar, pouca gente de peso no mundo esportivo brasileiro a se manifestar. Nem vou entrar no mérito de pessoal criticar avião da seleção a deixar o país com homenagem no aeroporto e tal. Cada um, cada um. Sinceramente, acho meio nada a ver.

Chato é um Tite, pela representatividade, um Bernardinho, ou outro nome de peso ficar á margem desta rodovia. A fazer cara de paisagem. Sei lá se alguém pensou em questionar isso, ou se são orientados a não responder.

Do que vi, dois técnicos falaram sobre o que está muito longe do glamour das aventuras de Pedro e Binho. A carga é pesada.

Foto - EC Vitória/Instagram

Um foi Vagner Mancini, do Vitória da Bahia. Que admitiu que que o melhor era que a rodada da Série A não acontecesse. “Como brasileiro e cidadão, sabemos a dificuldade que muita gente vive e passa no país. Lamentamos muito a situação atual do Brasil, poderíamos ter mais gente nos estádios, mas temos que entender o sofrimento da população, que é de todos nós. Esses movimentos têm que ter o apoio de todo mundo para que possamos mostrar nossa indignação com a atual situação”, disse após o empate por 1 a 1 com o Botafogo, domingo, no Nilton Santos, na cidade carioca.

Foto - coritiba.com.br

Eduardo Baptista, do Coritiba, foi mais enfático na sua opinião. "Se não tiver jogo, não tem problema. Não podemos pensar em jogo numa situação dessa. Uma situação triste, caótica, que tende a piorar. Vamos trabalhar, descansar, mas acho que o jogo, o Campeonato Brasileiro fica em segundo plano. Precisamos falar um pouquinho de política", falou o treinador do Coxa, depois da vitória por 2 a 0 diante do Vila Nova, na capital paranaense, pela Série B.

E, acrescentou ao que chamou de caos. "Se eu tenho um minutinho para falar, tenho que falar disso. Precisamos votar certo, tirar esta cambada de corruptos, de pessoas desonestas, que matam tanta gente. Eles não são ladrões, são assassinos. E é PT, PSDB, PMDB, UDB, PTC, todas as siglas. São todos ladrões, que matam crianças, mulheres e homens no nosso país", disse o técnico.

Creio que a função do esporte na maioria das vezes é o da diversão, do entretenimento. Assim como o da superação, da emoção, das coisas boas.

Só que fingir que se vive numa bolha, não. Muitas coisas do que acontece no dia a dia influencia o esporte. E, os protagonistas do espetáculo, os “vencedores”, têm de saber que eles podem (devem?) se posicionar. Á favor, ou contra.

Abraço

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