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Aos 43, Ádria Santos corre e busca diploma de Educação Física

Maior medalhista paralímpica brasileira, Ádria Santos, 43 anos, participará dos Jogos Paralímpicos Universitários 2018, que acontecem quinta-feira (10) e sexta-feira (11), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo (SP). A atleta é dona de 13 pódios paralímpicos, sendo quatro de ouro, oito de prata e uma de bronze.

O CT Paralímpico receberá 252 competidores, com cerca de 200 instituições de ensino representadas. O evento terá universitários de todo o Brasil, de sete modalidades: atletismo, bocha, judô, natação, parabadminton, tênis de mesa e tênis em cadeira de rodas.

Há um ano e meio, Ádria deu início ao seu bacharelado em Educação Física, na Universidade UniSociesc, de Joinville (SC). Em seu terceiro semestre de faculdade, ela conta que o início foi difícil.

Ádria cita 'aprendizado mútuo' em curso de Educação Física - Facebook

“No começo do curso, os alunos ficavam mais retraídos, os professores não sabiam como lidar com um deficiente. Agora os alunos me ajudam nas aulas que tem informações visuais, como slides. Nas aulas práticas, sempre tem alguém para me ajudar, para mostrar em mim qual é o movimento. Os professores e a própria instituição estão mais atentos às adaptações necessárias. É um aprendizado para todos”, comentou.

Natural de Nanuque, Minas Gerais, Ádria perdeu a visão aos poucos por causa de uma retinose pigmentar, doença degenerativa que a deixaria completamente cega aos 20 anos. Sua primeira participação em Jogos Paralímpicos foi em Seul 1988, com duas medalhas de prata, nos 100m e 400m (T11). Em 2008, nos Jogos de Pequim, ela fez sua última atuação paralímpica e faturou um bronze nos 100m.

Brasileira em 2004, quando brilhou nos 100m em Atenas - CPB/Divulgação

Na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio 2016, Ádria participou do revezamento da tocha paralímpica no Estádio do Maracanã. Fora do alto rendimento desde 2013, ela decidiu voltar aos treinos no início deste ano, mas para provas mais longas, como os 5.000m.

“Engordei bastante nesse período que fiquei sem treinar e quis voltar a correr para ter melhores condições físicas. Optei por provas longas para ter um treino com maior quilometragem e poder emagrecer. Treino de manhã três ou quatro vezes por semana e nos outros dias vou para a academia. As aulas são no período da noite”, declarou a atleta, que competirá nos 1.500m, no lançamento de disco e no arremesso de peso nos Jogos Universitários. (Do CPB)


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