Na real, nosso ‘Mundial’ é a Libertadores. O da Fifa é bônus
Fácil falar agora que o jogo já foi. Se a barreira não fosse vazada, talvez teríamos uma prorrogação. Talvez o sofrimento dos pênaltis para gremistas e não-gremistas. Porém, a final, afinal não prometia isso quando a bola rolou para Real e Grêmio.
Equipes como Real Madrid, Barcelona, PSG, City, são super times. E, mesmo que o tricolor porto-alegrense tenha ares de Imortal, é pouco provável que os clubes daqui ganhem esta taça da Fifa se não for em um dia que o elenco europeu esteja em clima de excursão turística.
Sobre o jogo de ontem, para quase 42 mil espectadores, muitos falam que o time não rendeu o que rende normalmente. “Luan foi mal, Fernandinho errou muitos passes”, e por aí vai. Teve uns que disseram que faltou vontade.
Puxa. Uma coisa é jogar contra os caras que já jogaram muito e voltam para a Sulamérica para esticar por uns anos a carreira. Outra é ter pela frente uma seleção mundial. Atual. Esse negócio de faltar vontade, só se for do time de Zidane, CR7 e companhia. Jogaram um futebol protocolar, no estilo “uma hora a gente faz um gol e já era”. E, foi isso que aconteceu.
É duro falar assim. Mas, é verdade. O “Mundial” deles é a Champions League. E, a outra, a nossa, hoje em dia tem de ser a Libertadores. O que rolar em Abu Dhabi, no Japão, é um plus. Um bônus. Supercopa de luxo.
A grana faz diferença. Sim, pode até dar umas zebras. Mas, na comparação grosseira, é tal Copa do Brasil. Dificilmente, hoje, um time fora dos 12 grandes ganha.
Então, gremistas, não tem muito o que se lamentar. O time de Renato Gaúcho joga o melhor futebol do Brasil, provavelmente das Américas. Grohe, Geromel, Kanemann jogaram muito. E, nem falo dos trocentos jogos do ano, mais que o dobro dos merengues. A perna pesa e fica sem fazer o que a cabeça manda. Este trio tem de ficar em Porto Alegre. Difícil, não?!
Do meio para a frente, reforçar é preciso. Mas, acho que agora não é hora de esquentar a cabeça.
Larga a mão, gremistas, e vão curtir o fim de ano no modo Somos donos da principal taça do ano para nós e nosostros.
São campeões da América, e não fizeram feio. Ano que vem tem mais. E, se seguir nessa toada, quem sabe rola uma versão 2 do “Nós vamos acabar com o Planeta”?
Abraço