Brasil termina Mundial de Natação Paralímpica com 18 de ouro
- 8 de dez. de 2017
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Chegou ao fim nas primeiras horas desta sexta-feira, (8), a oitava edição do Campeonato Mundial de Natação Paralímpica, na Cidade do México. O Brasil participou com 17 atletas de 16 Estados e volta para casa com o retrospecto de 18 ouros, de um total de 36 medalhas conquistadas em seis dias de competição.
A China terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 30 ouros, seguidos dos Estados Unidos (21 ouros), Itália em terceiro (20).
A última conquista brasileira no México foi o ouro nos 100m livre da classe S12 do carioca Thomaz Matera, que foi marcado por série de resultados históricos para a natação paralímpica nacional.
"A nossa participação foi extremamente positiva. Conquistamos um número muito expressivo de medalhas, superando nossa performance de Glasgow 2015, e estamos felizes com a renovação, por termos seis novos campeões mundiais. Daniel Dias e Andre Brasil são sempre os principais destaques e estão sempre liderando o nosso grupo, mas é muito importante ressaltar jovens como Talisson Glock, Ítalo Pereira e Cecília Pereira, a mais nova da delegação, com apenas 19 anos, e que venceu uma medalha de ouro", disse Jonas Freire, diretor-técnico adjunto do Comitê Paralímpico Brasileiro.

O desempenho é histórico para o Brasil, a começar pelo total de medalhas de ouro conquistadas. Os 18 ouros do México superam o desempenho do Brasil no Mundial de Eindhoven, na Holanda, em 2010, quando foram 14.
É a primeira vez na história que a delegação verde e amarela supera a marca das 26 medalhas em um Mundial. Coincidentemente, o país chegara a esta quantidade de premiações em duas competições consecutivas: Durban 2006, Eindhoven 2010. Na última edição do Mundial, em Glasgow 2015, o Brasil se despediu com 23 pódios.
Parte desta conquista no México se deve à participação feminina na Piscina Olímpica Francisco Márquez, na Cidade do México. O local, uma das arenas dos Jogos Olímpicos da capital mexicana em 1968, serviu de palco para que todas as seis representantes do Brasil chegassem ao pódio neste Mundial.
A cearense Edênia Garcia (S3), a paulista Raquel Viel (S12), a mineira Patrícia Santos (S3), a potiguar Joana Neves (S5) e a paranaense Beatriz Carneiro (S14) levarão para casa uma medalha cada. A potiguar Cecília Araújo (S8) teve a oportunidade de faturar duas medalhas.

O Brasil ganhou também seis novos campeões mundiais de natação paralímpica em provas individuais. O tocantinense Ítalo Pereira (S7), o pernambucano Phelipe Rodrigues (S10), o carioca Thomaz Matera (S12), o paulista Ruan Souza (S9), o catarinense Talisson Glock (S6), além de Cecília Araújo, experimentaram ouvir o hino pela primeira vez à pérgola de uma piscina de Campeonato Mundial. Quatro deles têm 25 anos ou menos, numa prova de que o processo de maturação corre em ritmo forte na modalidade.
Destaque também para a meta pessoal de medalhas de Daniel Dias. No último treino antes da estreia, ainda em 1º de dezembro, ele avisara que deixara aos filhos Asaph, 3 anos, e Danielzinho, 2, a promessa de levar para casa duas medalhas para cada.
O nadador de 29 anos, nascido em Campinas (SP), não só cumpriu a meta, como quase a dobrou. Despediu-se do México com sete pódios, sendo seis ouros (quatro individuais e dois revezamentos) e uma prata, na última prova do Mundial, na madrugada (no Brasil) de sexta-feira, 8, no 4 x 50m livre 20 pontos. (Do CBP)
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