top of page
super_banner_SPE.gif

COI, Rússia, COB, atletas: espírito e esportes olímpicos em ebulição

Dois fatos nesta semana mereceriam um espaço maior. Inclusive, aqui no Só Por Esportes. Mea culpa.

O primeiro foi a Rússia banida da Olimpíada de Inverno do ano que vem, PyeongChang, na Coreia do Sul. A punição anunciada terça-feira (5), pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), é pelo mesmo motivo que arrasou em quantidade a delegação russa, o atletismo inteiro foi impedido de brigar por medalhas no Engenhão, que disputou a Rio-2016: escândalo de doping.

De acordo com o COI, membros do governo, atletas, técnicos, dirigentes russos são acusados de fazerem parte de uma rede que fornecia substâncias ilícitas e fraudava exames antidoping.

Reunião do COI que decidiu colocar a Rússia na geladeira durante os Jogos de Inverno - IOC/Cristophe Moratal

O fato já vale só pelo peso que o país de Putin e companhia tem no mundo (esportivo). Mas, é um recado do pessoal do Comitê Olímpico para dizer “ei, somos contra este tipo de vantagem e se precisar vamos pegar geral”. Será? Uma volta ao espírito olímpico raiz?

Pode ser. Mas, não só isso. A realidade é que a Olimpíada, um pouco menos a de Inverno, e muito mais a de Verão, tornou-se um evento caríssimo. Business dos grandes. Londres, Pequim, e Rio de Janeiro, estão a de se virar para achar soluções que recuperem tanto dinheiro investido. Pelo menos de 2000 para cá, desculpem os liberais e, porque não os nem tão também, sem pingar uma mão amiga do poder público... no Money, no games.

E, com tantos interesses, patrocinadores, etc, etc, imagina se os grandões do COI estão preocupados com o seu pote de ouro, prata e bronze? Como imagem e opinião pública ganham cada vez mais peso, é preciso que seja passado a limpo doping e coisas más que afetam os Jogos. Ou, penso, reduz o tamanho do formato atual. A falta de cidades concorrentes é um sinal de que a Olimpíada, embora seja bacana para a gente, premia e ajuda cada vez menos quem realiza.

Ou, mais radical, reformula geral. A indicações de que o pessoal do e-games e e-sports já é sondado para que vire modalidade olímpica. “Acho que a Olimpíada precisa mais da gente do que a gente deles”, disse um influente nome dos games/esportes eletrônicos. Dilema olímpico esse, não?!

O segundo fato

Bem mais próximo de nós, brasileiros. Na quarta (6), dirigentes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) se reuniram no Rio de Janeiro recuaram e decidiram alterar um item do novo estatuto. Agora, atletas terão direito a 12 votos em assembleias do COB. Mas, fácil para os atletas não foi. De início, os cartolas “profissionais” queriam que fossem cinco em vez de 12.

Daí, pegou mal, houve pressão do pessoal em rede social e tudo. Uma campanha dizia algo do tipo “Atleta não é palhaço”. Mesmo assim, a resistência de muitos dirigentes no meio das 30 confederações com direito a voto no novo estatuto persistia firme.

Até que, o governo federal, cuja imagem não anda aquelas coisas, resolveu mandar um recado aos “tiozinhos”: se não aumentar o espaço aos atletas, a verba para vocês vai minguar. Bom, a pensar bem, até que os principais atores desta arte chamada esporte merecem uns 12 votos de confiança.

Atletas que fazem parte da comissão que terão direito a voto no Comitê Olímpico Brasileiro - Rafael Bello/COB

Dinheiro pode até não comprar felicidade, mas compra...

É isso aí, em ambos os casos, ter esperança em tempos melhores é preciso. Ou, melhor tirar o time de campo.

Abraço

Posts Relacionados

Ver tudo

Notícias Relacionadas

bottom of page