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Sobre espionagem e Grêmio: prudência que é bom, nada!

  • Luciano Kishô Shakihama
  • 22 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Foto - Lucas Uebel/Grêmio FBPA

“A cada dia que passa, a vida e as pessoas estão cada vez mais inacreditáveis. A vida pela insatisfação com o País que é pátría amada só no hino nacional; as pessoas, porque falam demais, porque tratam aos outros como imbecis e, de um ponto de vista muito estreito julgam a partir das sua própria incompetência e mediocridade. Prudência que é bom, nada!”

Sei lá porque comecei assim. Vai ver, é mais uma escrita que entra para a série “queria escrever assim quando crescer”. Acho que continuarei a tentar eternamente. O trecho acima é da Maria Adélia Menegazzo, crônica publicada no Correio do Estado desta terça-feira (21). Muito bom. Se bem que sou suspeito. Não a conheço pessoalmente, mas gosto do estilo dela com as palavras desde se a memória acertar um texto sobre exposição no Marco (Museu de Arte Contemporânea), aqui, em Campo Grande. Caso errei, desculpe, não foi por mal.

Assim, como aos sete anos, torci pela tevê e pelo Grêmio no Mundial de 1983, contra o Hamburgo da Alemanha. E, aprendi a admirar o futebol de um certo Renato Portaluppi. Que prefiro chamar de Renato Gaúcho, pois assim brilhou Rio Grande do Sul afora.

Agora, como técnico, às vezes tenho minhas ressalvas. Já tive mais. Amadureceu. “Ele tá mais bonito agora do que quando era novo”, comentário da patroa. Faz parte. Bola para frente.

Do mesmo modo, que no futebol os times usam a miliano, artifícios para espionar os adversários. Renato, o treinador, comparou o esporte a uma guerra. Óbvio, no sentido figurado. A imagem de gente que gosta de uma noitada, de uma cervejinha na praia, de falastrão ajuda para muitos ver ele meio de atravessado. “O mundo é dos espertos”. Um dos craques da Copa de 70, Gerson, fez uma propaganda de cigarro por aquela época em que dizia que, bom “é levar vantagem em tudo”. E, décadas depois desabafou sobre o quanto foi marcado por isso.

A fala de Renato não vai deixar ele sem dormir. Certeza. Em um Brasil em que muitos acham certo comprar dvd pirata, ter tevê a cabo sem pagar por isso, normal ricos deixarem de pagar impostos, mala de dinheiro, soa hipócrita pegar uma frase de entrevista coletiva de vários minutos e vociferar aos lobos. E compartilhar aos de “bem”. Isso, amigos, é palhaçada. Se você assistiu a entrevista vai entender. Ou acessa lá nos youtube da vida.

Tudo isso não tira o mérito da repórter Gabriela Moreira, da equipe da ESPN. Peça fundamental na matéria que descobriu o espião gremista e seu drone em campo. Dá um trabalhão este tipo de jornalismo investigativo. Vale a pena ler e ver. E, tirar suas conclusões.

Nem tanto ao Grêmio, nem ao estardalhaço espionagem. A chatice dos dias de hoje de tudo tem de ser oito ou oitenta. Sim, uso drone. Sim, o técnico admitiu. E, segue a pelota. Pode, sim, haver meio termo.

Queria saber tanto sobre como o time brasileiro e o argentino vão entrar em campo. Como está o clima em Porto Alegre, personagens, declarações dos elencos sobre o duelo que, nada, nada, é a final da competição de clubes mais emocionante do futebol (a mais técnica é a Liga dos Campeões, óbvio). Mas...

Chato, isso.

Abraço

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