Marcelo, e o ‘du ‘vídeo’ dó’, foram os melhores em campo
- Luciano Kishô Shakihama
- 10 de nov. de 2017
- 3 min de leitura

Assistir jogo da “seleça” ainda mais a essa hora, e contra o Japão, deve até dar um ar nostálgico da Copa de 2002. Quinze anos depois, cá estou a assistir ao VT. De manhã, não deu. Literalmente, tive de fazer uma correria.
O estranho de ver um jogo que já foi, sobretudo do Brasil, é que o resultado já é sabido. Mas, vamos lá, não deixa de ser interessante. No caso nosso, por ser uma família nipo-brasileira, ainda tem o detalhe que, os filhos sei lá por que carga da água tendem a torcer para o Japão. Sei lá, mania de ser do contra. Se for, há de afirmar um quê de genética nisso.
Bom, vamos ao que interessa. E, o importante mesmo foi o primeiro tempo. Pelo menos para Tite e companhia. Giuliano e Danilo tiveram a chance de serem titulares e foram bem. Neymar, para variar, jogou na média, o que para os demais já é muito, mesmo ao errar um pênalti. E converter o outro. Melhor foi Marcelo. Jogou muito. Joga muito.

Prêmio de melhor jogador coadjuvante para o árbitro de vídeo. Que chancelou o primeiro pênalti a favor da seleção brasileira ao ver falta no tradicional “agarra agarra”, que prejudicou o ataque titista. O camisa 10 do Brasil e do PSG fez seu oitavo gol em quatro jogos contra a equipe do Sol Nascente.
Aos 16 minutos, Marcelo deu uma paulada de 101 km/h, de fora da área, e ampliou. E, ofuscou a cobrança de pênalti de Neymar, espalmada pelo goleiro Kawashima. Pois, na sequência, veio o escanteio, cujo rebote foi mal afastado pela zaga japonesa e bem aproveitada pelo melhor lateral esquerdo do mundo hoje.
Em Lille, na França, com pouco público – parece os jogos do Flamengo na Ilha do Urubu – e com a equipe japonesa a exibir até um bom toque de bola, triangulações, mas poucos chutes e chances de gols – parece até os times do Brasileirão deste ano – o selecionado da camisa amarela fez o terceiro aos 36, com Gabriel Jesus.
O lance foi trabalhado por Casemiro, Willian, e Danilo, que serviu ao atacante do Manchester City, completar e definir a partida antes dos 40 minutos. Ah, antes, aos 29, de falta, Yoshida mandou a bola no travessão. E, é isso.

No segundo tempo, confesso, quase que dei uma cochilada. O Brasil, deu. E, conseguiu tomar um gol de cabeça de uma escola que, sabidamente, é inferior no jogo aéreo. Makino ganhou de Jemerson. Este, aliás, pode ter perdido uns pontos com o “professor”. Assim como Cássio. O goleiro entrou após o intervalo e precisou de 17 minutos para ser vazado. Sei lá, o corintiano me pareceu um pouco tímido. A dupla desperdiçou a oportunidade de, pelo menos, não vacilar.
Ainda entraram Taison, Diego Costa, Diego Souza, Alex Sandro, e Renato Augusto. O que, com as outras substituições da equipe samurai e do árbitro de vídeo - que fez Neymar tomar um cartão amarelo depois de ser flagrado no momento em que deixou o braço na cara do Sakai em uma disputa de lance na lateral do campo – arrastar o jogo até os 50 minutos.
E, foi só. Valeu pelo primeiro tempo, por Marcelo, e os acertos do vídeo. Deixou a desejar o segundo tempo, poucos torcedores, e, uns vacilos na defesa. Terça-feira tem mais. Com a Inglaterra, o amistoso promete ter mais cara de jogo. Se bem que de promessas...
Abraço
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