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Brasileira bronze em Mundial lamenta ausência do kung fu em Tóquio-2020


Edineia Camargo (vermelho) em ação no Mundial de Kazan - Arquivo pessoal

Edinéia Camargo conquistou o único pódio brasileiro no Mundial de Kung Fu (14th Word Wushu Championships), em Kazan, na Rússia, disputado no começo deste mês.

A campo-grandense de 28 anos, que retornou sábado (7) ao país, falou ao Só Por Esportes um pouco da sua campanha no campeonato, destaca o nível da modalidade em Mato Grosso do Sul, e afirma que o Brasil teria chances de medalhas se o esporte fosse incluído nos jogos de Tóquio-2020.

Na Rússia, além de Edineia, o Brasil contou com três participantes na modalidade Sanda, e terminaram entre os cinco melhores. Além de quatro competidores na Taolu. O kung fu foi um dos esportes pré-selecionados para uma das vagas ao calendário olímpico de Tóquio 2020. Porém, perdeu a disputa para a escalada, o skate e o beisebol.

“Infelizmente ainda não entramos nas olimpíadas. Já participamos como esporte demonstrativo em 2008 na China. Se fosse olímpico teríamos sim grandes atletas para representar o Brasil”, lamenta e comenta a sul-mato-grossense.

Pódio da categoria 52 kg com Edineia em terceiro - Arquivo pessoal

Na categoria 52 kg feminino, Edinéia venceu duas lutas e na semifinal bateu de frente com uma indigesta conhecida: Luan Thi Hoang. “Gostei muito da minha participação no evento. Fiz 3 grandes lutas e fiz o meu melhor em cada uma delas. E, sim já havia lutado com Vietnamita em 2015”, disse. Há dois anos, terminou o Mundial em sexto lugar, ao ser derrotada pela mesma adversária, desta vez por pontos.

E, qual o detalhe ou o ponto forte da Thi Hoang, que ainda falta ser vencido? “Os asiáticos tem um jogo de pernas muito bons, e ela não era diferente. Mas, não consegui impor o meu jogo, e isso fez diferença na luta”, analisa Edineia.

O fato da adaptação ao clima também pesa um pouco na hora de travar os combates. “O clima lá é de frio, muito frio”, diz a atleta, aos risos. “Cheguei alguns dias antes da competição. Mas, sempre sentimos um pouco o clima diferente e também o fuso horário”, acrescenta ao SPE. Para quem vai de Mato Grosso do Sul a Kazan, tem de adiantar o relógio em mais cinco horas.

Satisfeita com sua temporada, Edineia pretende descansar um pouco e já projeta 2018 - Arquivo pessoal

De volta a realidade local, e questionada se é muito difícil treinar e competir em alto nível quando a base é Campo Grande, Edinéia acredita não haver necessidade de deixar Mato Grosso do Sul. “O nosso Estado é considerado uma das melhores equipes do Brasil no Sanda. Confio nos treinos que tenho aqui... Porém, já fiz intercâmbios nacionais e internacionais, acho isso muito importante, trocar experiências nunca é (tempo) perdido”, responde. “Não tenho vontade de me mudar, mais sei da importância de sempre ir em busca conhecimento para continuar a evoluir como atleta”, acrescenta.

Com o término da temporada, Edinéia avalia positivamente o seu ano na luta. E, já mira 2018. “Esse ano foi encerrado nessa competição. Tive um ano cheio...e estou feliz com os resultados. Irei descansar um pouco e logo já retornarei aos treinos, pois o próximo ano terá competições muito importantes e quero estar preparada para elas”, finaliza Edinéia, ao SPE.

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