Ano inteiro de mata-mata matou o Brasileirão
Se o Grêmio chegar até a final da Libertadores, restará apenas uma rodada para o fim do Campeonato Brasileiro, cuja 38ª rodada está marcada para o dia 3 de dezembro. O principal torneio de clubes da América, e o mais emocionante do mundo (o mais técnico, óbvio, é a Champíons League), deste ano acaba dia 29 de novembro.
Claro, se o Tricolor de Porto Alegre parar nas semifinais, dia 1º de novembro, restarão gloriosas sete rodadas de Série A. De um total de 38. Isto, sem contar Flamengo, Fluminense e Sport, que estão na trepidante Sul-Americana.
Este ano é o primeiro em que a Conmebol emplacou a Libertadores por toda a temporada. Antes, a esta hora, já saberíamos o nome do provável postulante a vice do Real Madrid no Mundial de Clubes 2017.
Por um lado, acho bacana que a Liberta termine mais próxima ao Mundial. Não fica aquele tempão só na luta de manter o ritmo, e é menos provável que o time campeão sofra o famoso e inevitável desmanche em massa que aconteceria caso o vencedor já tivesse definido, como tradicionalmente era. Ou foi.
Por outro lado, os mata-matas das competições continentais, mais o da Copa do Brasil, roubaram muito das atenções do Campeonato Brasileiro. E, não pode ser assim. A Série A tem de ser valorizada sempre. São os 20 de elite do país, o título teoricamente é mais trabalhoso, 38 jogos e não a metade, ou nem isso, nos demais.
Não confundam. Sigo na defesa dos pontos corridos para o Brasileirão. Mas, CBF, clubes, e patrocinadores, terão de achar uma fórmula para se adequarem a este calendário tamanho plus size. Ou, trocarem uma ideia com a Conmebol e encontrarem um denominador comum.
Sob pena do principal campeonato do Brasil varonil correr o risco de transformar em uma competição de consolação. Os corintianos, que não tem nada a ver com isso, agradecem e só esperam a confirmação matemática para festejarem com todo o direito o título.
Mas, cá entre nós, até eles gostariam que Santos, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, Atlético-MG, Botafogo e Flamengo escalassem o que tivessem de mehor em todos os jogos. E, não essa chatice de time “alternativo”, termo gourmetizado para dizer que é reserva ou misto mesmo, que diminui a importância da disputa.
O Brasileirão e a torcida agradeceriam. Veremos como será em 2018. Ops, é ano de Copa. Então em 2019, ops, tem Copa América. Em 2020, 2021...
Abraço
