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Fora da A desde 86, e de qualquer Série desde 2005, Operário faz 79 em silêncio

  • Luciano Kishô Shakihama
  • 21 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

Reprodução

Gostaria muito que a cidade, ou pelo menos a torcida, ainda a maior do Estado para um time sul-mato-grossense, mais animada estivesse para soprar as 79 velinhas. Pensei cá, com meus botões. Uma pena. Seria forçar demais.

É difícil achar motivos no passado recente. Talvez até a médio prazo decorrido. E nem é papo de torcedor, embora talvez tenha um pouco. Fiz uma pesquisa que abalizou a melancolia deste 21 de agosto de 2017, data da fundação do Operário Futebol Clube.

Ainda hoje, o maior ganhador do campeonato sul-mato-grossense, com dez taças. Ainda que este ano complete 20 anos na fila. A maior entre as três equipes mais conhecidas – leia-se Comercial e Corumbaense.

Até aí, tudo bem, resignado o operariano aguenta as provocações. E, pensar que devido à seca de conquistas em 2018 o Galo de Campo Grande esteja ciente que não tem vaga na Série D, e na Copa do Brasil.

O alvinegro é feliz pela campanha no Brasileirão disputado há 40 anos. Com razão. Ou melhor, com emoção.

No fim dos anos 70 e começo dos 80, os dias do Operário eram assim - Reprodução

Duro é lembrar que em menos uma década, em 1986, o Operário colecionou três vitórias, um empate e seis derrotas no Nacional. Na 38º posição na classificação geral, o Galo só fez mais pontos que dez clubes. E, ainda viu na mesma competição, o Comercial terminar seis posições acima.

Isto foi um ano antes da CBF produzir aquela gambiarra de módulos em 1987, em que o Flamengo ganhou o equivalente a Série A (módulo Verde), Sport ficou com a Série B (módulo Amarelo), e o Operário ganhou a que seria a C (Branco)

Dali, o Operário jamais conseguiu forças para voltar a mostrar as suas garras na elite do futebol. Em 1988, a Série B teve 88 times, e a equipe de Campo Grande terminou em oitavo. Foi até bem. E só.

O ex-clube da avenida Bandeirantes, onde ficava a única sede do time, cujo terreno foi penhorado há mais ou menos 17 anos, jogou a Série C – a Quarta Divisão surgiu em 2009 - em seis oportunidades. Na visão do “doente” torcedor, eram chances de pelo menos jogar a Série B.

Que pena. Nem em 94, em 96, 97, e 2003. Pior, em 1999, quando o Nacional da Terceira Divisão ganhou os holofotes pela presença do Fluminense, o glorioso Operário encerrou sua participação com quatro empates e seis derrotas nos dez jogos em que entrou em campo.

Em 2005, sua última aparição na Série C, outra campanha de entristecer a torcida. Seis partidas, com três empates e três derrotas. E, de quebra, ver o hoje desativado Cene, conhecido como Amarelão pela cor do uniforme, chegar à segunda fase e encerrar em um esforçado 25º lugar. O Galo terminou em 61 de 62 participantes.

Sem contar a Copa Verde e Copa do Brasil, melhor parar por aqui. Afinal queira ou não o dia deve ser de “comemorar”, já são 12 anos sem o time do “povão” de Mato Grosso do Sul em brasileiros.

E, como será daqui para a frente? Bom, faz cinco dias, na quarta-feira (16), enviei cinco perguntas ao presidente do time, Estevão Petrallas, por este tal de whatsapp.

Questões como se haveria algo para a data não passar em branco, se em termos de estrutura e verba está melhor do que há um ano, se já há planos para montar um time para o Estadual 2018, e se gostaria de deixar um recado á torcida.

Reforcei o contato com outra mensagem, na sexta (18).

Bom, parabéns Operário. E à torcida, que siga com Garra e Amor. Porém, desejo aos torcedores muito mais do que apenas viver do passado. Ops, da Tradição.

Abraço

Ano apos ano, a torcida tenta empurrar o time - Facebook/Reprodução

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