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Nesse mundo de fogo e de guerra o santo da terra tem calo na mão

  • Luciano Kishô Shakihama
  • 19 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

Impressionante como o noticiário do futebol brasileiro teima em ofuscar a atuação dos protagonistas: jogadores, técnicos (numa escala menor), e torcida. Sim, sem o torcedor não há jogo bom. A emoção é que os e nos move.

Vá ou veja uma partida com um montão de gente. Que se esgoela, xinga, tudo bem, tem o pessoal da selfie, e a que sofre. Já disse e escrevi muitas vezes, torcedor torce. Óbvio.

Pena que o pessoal “pseudo torcedor”, aquele que vai mais para se mostrar ou com necessidade exagerada de provar alguma coisa, rouba a cena.

Foi assim na quarta-feira com o atacante Vinicus Júnior, do Flamengo. Com todo respeito aos botafoguenses, mas o senhor que xingou “racistamente” o jogador não pode representá-los. Tampouco o clube de futebol e regatas.

Vai lá, pelo menos o cara tem de mostrar que arrependeu e pedir desculpas. Publicamente. E, lógico, responder judicialmente. “Ah, mas é difícil essas coisas dar em algo”.

Twitter do Botafogo/Reprodução

Talvez seja o que mais irrita. E entristece. Faltam exemplos para argumentar que o caso vai resultar em algo que deixe aquele sentimento de que o acusado pagou pelo que fez.

Só para provocar um pouquinho: e se fosse o contrário. E, se um tipo físico Vinicius Junior, em rua de região classe média acima por acaso ofendesse ou desacatasse um branco? Hein, hein?! O problema vai além do nosso esporte paixão/raiva nacional.

Ah, só mais uma coisa. O Vinicius, do Flamengo (e que vai para o Real Madrid provavelmente em 2018), tem 17 anos.

E, ilação minha, já deve estar calejado com essas coisas. Não era para ser normal. Se um garoto desse passa longe de ser um talento da bola, e vacila em algum delito. Geral vem de porrete com aquela ladainha “só fez isso porque é de menor”. Fim das provocações (aliás, lembrei do bom programa que teve na tevê com o genial André Abujamra).

Nesta sexta (18), mais uma com o futebol de pano manchado de vermelho sangue de fundo. Quase defunto. “Torcedores” do Palmeiras e do Sport Recife brigaram fora da Arena Pernambuco, em 26 de julho. A solução da Justiça Desportiva foi punir o clube paulista de ficar sem ingressos quando for time visitante. Por sete jogos.

E no mesmo número de partidas, as suas organizadas só entram no estádio em que o Verdão for mandante se seus integrantes forem sem coisas que identificam os seus grupos.

Pode ser que daqui a pouco o Palmeiras e o Superior Tribunal de Justiça Desportiva entrem em um acordo e relaxem a punição. Acho nada a ver essa decisão que culminou com o cabalístico número 7.

Identifica e aplica o código penal, a lei. E/ou, que tomem medidas para “reeducar” este tipo de torcedor “fake”. Injusto nessas medidas espetacularizadas (até parece algumas operações...deixa para lá) é botar todos (eu, você, seu filho, pai, sobrinho, amigo, mulher, mãe, etc) no mesmo balaio e tirar o direito de apoiar aquele elenco que enverga o manto sagrado que tu tanto venera (e, convenhamos, custa caro pacas).

“Ah, mas o clube é responsável porque paga para esses caras apoiarem o time”. Ouço isso há tempos. Se assim for, proteste contra o dirigente do seu clube. Cobre ele, pacificamente, ok?!

Revolta com o dirigente, não comigo, olha a conversa - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Pois, assim como esses caras que amam mais os seus parceiros de organizadas do que o time, diretor que age da mesma forma também vai contra o que você torce.

Viu? Nem sobrou espaço para mais nada. A gente é que acaba preso nesses assuntos.

Abraço

Um toque: quem quiser conferir os post antigos (antes de agosto) pode clicar aqui Valeu

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