Com 18 anos de rali, navegador torce para calendário ter mais regularidade
- Luciano Kishô Shakihama
- 14 de ago. de 2017
- 3 min de leitura

Será a primeira vez que o Rally dos Sertões (?) passará por Mato Grosso do Sul. Porém, pelo menos um “de MS” não será marinheiro de primeira viagem. Armando Miranda, 44 anos, navega por estradas brasileiras e estrangeiras desde 1999.
Do próximo fim de semana, até o dia 26, o navegador que fora das competições é empresário da área publicitária, divide-se entre regiões sul-mato-grossenses e paranaenses, busca seu terceiro título na competição off-road mais conhecida do país.
Na categoria Pró-Brasil, estreia ao lado do piloto Lucas Teixeira, mineiro de 24 anos, e chega à maioridade a bordo dos carros de competição. Armando Miranda atinge os 18 anos de estrada sem intenção de estacionar.
Com vários títulos, não titubeia para citar o mais importante. “A melhor lembrança é ser campeão sul-americano em 2004 na categoria principal, a N4 (carros com tração 4x4 e turbo), porque andei ao lado do piloto Ulysses Bertholdo, com duplas de outros países mais valorizados no rally. Esse título é inédito até hoje para o Brasil", explicou Armando, que é o único navegador brasileiro campeão sul-americano na categoria, por meio da assessoria.
“Para a edição do Sertões deste ano, a expectativa é das melhores para formar a dupla com Lucas, que conquistou o prêmio de Piloto Revelação em 2016 e ficou em terceiro na categoria carros Pró-Brasil no ano passado”, acrescenta.
"Vou andar em uma equipe nova (HND Racing) e as expectativas são ótimas. Tenho me entrosado muito bem com ele e tenho certeza que vamos formar uma grande equipe", completou.
O Sertões 2017 começa por Goiás, Mato Grosso e tem chegada em Bonito, no Mato Grosso...do Sul (!), dia 26. Certamente, rola um gostinho especial. Motivo para trocar uma ideia com Armando Miranda sobre a competição e, também a situação do rali de regularidade no Estado e no Brasil.

Na íntegra, confere ai as cinco perguntas-respostas entre o Só Por Esportes e Armando Miranda:
1 – Você tem dois títulos no Sertões. Quais são as categorias? Pela Pró-Brasil será a primeira vez?
Armando Miranda - Categoria Experience e Super Productions.
2 – É estranho aos pilotos, como às vezes é para o público, o nome do rali não condizer exatamente com o local em que será disputado? Além do Sertões (que remete ao Nordeste), mundialmente o Dakar também é bastante modificado, né?
AM - É que começaram e ganharam nome sendo feitos nas regiões que se adequavam ao nome do evento. Depois migraram por motivos comerciais e de logística para outras regiões. Mas mantém (e até aumentam) o desafio mesmo estando fora da região original.
3 – Você começou a correr de rali em 1999, é isso? Se sim, dá para afirmar que este ano você atingiu a maioridade na modalidade?
AM - Comecei a correr de rali de velocidade em 99. Antes disputava o rali de regularidade em MS. Pode se dizer sim!
4 – Hoje, você mora em MS ou no PR? Como anda a situação de competições off-road nos dois estados?
AM - Moro em MS. Disputo hoje o campeonato brasileiro de rally de velocidade e o campeonato paranaense também. Muito bem organizados e disputados. Em MS existe um trabalho forte da FAMS (Federação) para que as provas de rally de regularidade voltem a ser disputadas no Estado. Acredito que para 2018 teremos um campeonato estadual novamente.
5 – Você acredita que no Brasil chegará um dia em que o piloto viverá e bem só do rally? O que dificulta a popularização do esporte?
AM - Já temos pilotos vivendo bem do rally. Acontece é que são poucos. Falta divulgação para o esporte. Acho que isso só deve acontecer quando um promotor assumir novamente a organização do Campeonato Brasileiro.
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